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sábado, 27 de março de 2010

Cartas a Um Anjo, Cap. 5

Meu doce ser, doce alma, o que continua a caminhar-me invisivelmente...
A ti, que me tocas, meus cabelos negros, com suaves movimentos, tua luz brilha, nas noites do meu descanso....

Brilha sempre, brilhará sempre, quando me recordo de ti, sempre no meu coração, nas minhas memórias...

Dás-me livre arbítrio...e sempre cuidadosamente, vou para o caminho que me mostras....


Meu doce anjo, mostras-me o mais e o menos, todos os segundos da minha vida...

O que é estranho, não é indiferente, aos meus passos, a uma luta constante,
entre a razão e o coração.

Meu anjo, procuro por vezes, respostas, quando por vezes tenho-as e sem explicação sei mais do que queria, e mais vezes, mais perguntas surgem... Que faço, meu doce anjo?! Que faço?!

Muitas vezes penso, porque sei eu, aquele acontecimento, que ainda não aconteceu? Diz-me meu anjo, traz-me essa resposta ao meu coração. Preciso dela, para entender-me no mais profundo do meu eu!
Sabes meu anjo?.....

Tenho Saudades Tuas!


Obrigada por continuares a existir no meu coração. Mesmo naqueles momentos, que me distraio....

Nunca tive oportunidade de dizer o quanto gostava de ti... Mas tu sabes que sim!!!

Ajoelho-me perante ti, ser de luz, que continues a mostrar-me o meu Norte....

quarta-feira, 17 de março de 2010

As Rosas - Machado de Assis in `Crisálidas`

Rosas que desabrochais,

Como os primeiros amores,
Aos suaves resplendores
Matinais;




Em vão ostentais, em vão,
A vossa graça suprema;
De pouco vale; é o diadema
Da ilusão.


Em vão encheis de aroma o ar da tarde;
Em vão abris o seio úmido e fresco
Do sol nascente aos beijos amorosos;
Em vão ornais a fronte à meiga virgem;
Em vão, como penhor de puro afeto,


Como um elo das almas,
Passais do seio amante ao seio amante;
Lá bate a hora infausta
Em que é força morrer; as folhas lindas
Perdem o viço da manhã primeira,
As graças e o perfume.


Rosas que sois então? – Restos perdidos,
Folhas mortas que o tempo esquece, e espalha
Brisa do inverno ou mão indiferente.




Tal é o vosso destino,
Ó filhas da natureza;
Em que vos pese à beleza,
Pereceis;

Mas, não... Se a mão de um poeta
Vos cultiva agora, ó rosas,
Mais vivas, mais jubilosas,


Floresceis.